Dra. Ana Isotton é colaboradora em artigo publicado em revista científica

Dra. Ana Isotton é colaboradora em artigo publicado em revista científica

A Dra. Janete Vettorazzi e colaboradores publicaram recentemente uma série de casos de gestações gemelares, avaliando o uso de pessário cervical em colo curto.

A prematuridade em gestações gemelares ocorre em aproximadamente 50% dos casos. Tem causa multifatorial e pode ocasionar aumento na morbi-mortalidade fetal.

A prevenção da prematuridade em gestações gemelares é um desafio e a medida do colo uterino por via vaginal é de fundamental importância.

O colo curto é um preditor de parto prematuro e o “cut-off” para classificar o colo curto no segundo trimestre em gestações gemelares é controverso. Diferentes estudos apontam medidas de 38 mm, 30 mm e 25 mm.

Diversas estratégias no manejo das gestações gemelares com colo curto têm sido abordadas. A cerclagem cervical tem sido associada com aumento da frequência de eventos adversos em gestações gemelares. Uma revisão sistemática e metanálise demonstrou que a progesterona vaginal reduz a taxa de parto pré-termo em gestações gemelares com colo curto. Um outro estudo randomizado também demonstrou redução de parto prematuro com o uso de pessário cervical.

Outra metanálise recente demonstrou que o uso de progesterona vaginal na dose de 400 mg/dia foi mais efetiva do que dose menores de 100 ou 200 mg/dia. Diferentes autores demonstraram que o uso de pessário cervical em gestações gemelares com colo curto reduz morbi-mortalidade neonatal, bem como diminui o tempo de internação na UTI neonatal. Entretanto, são necessários mais estudos randomizados para abordagem do tema.

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