Hidronefrose Fetal

Hidronefrose Fetal

A hidronefrose fetal é definida como a dilatação da pelve renal com ou sem dilatação dos cálices e é um achado comum na ultrassonografia pré-natal;

Na maioria dos casos, a dilatação da pelve se trata de um estágio fisiológico transitório. Entretanto, anomalias congênitas dos rins e do trato urinário podem se apresentar como hidronefrose secundária à obstrução do trato urinário ou refluxo vésico-ureteral.

A maioria dos casos de hidronefrose fetal não são clinicamente relevantes, podendo ser bilateral em 20 a 40% dos casos;

É duas vezes mais frequente em meninos do que em meninas e a incidência oscila entre 0,6 a 4,5 % das gestações;

Existem várias formas de diagnosticar o grau e a severidade da hidronefrose fetal, os quais incluem o diâmetro da pelve renal, os critérios da Sociedade de Urologia Fetal e o sistema de classificação de dilatação do trato urinário;

O diâmetro ântero-posterior da pelve renal é o método mais aceito para definir e graduar a hidronefrose fetal, durante o segundo e terceiro trimestres gestacionais. Entretanto, este método não reflete a extensão da hidronefrose e mudanças no parênquima renal, tais como afilamento e dilatação de cálices;

Um diâmetro da pelve renal entre 4 e 10 mm no segundo trimestre é considerado como dilatação leve da pelve renal e, na maioria dos casos, a resolução é espontânea;

Em geral, uma pelve renal superior a 10 mm está associada com aumento do risco de anomalias congênitas do trato urinário fetal no segundo trimestre. Se a pelve for superior a 15 mm no terceiro trimestre, o risco de anomalias congênitas do trato urinário é extremamente elevado.

Não há evidências suficientes de que uma intervenção fetal melhore a função renal ou melhore a sobrevida. Em raros casos de hidronefrose bilateral secundários à válvula de uretra posterior, considerar avaliação em um centro terciário com experiência em cirurgia fetal.

 Fonte: Laurence Baskin. UpToDate, 2020.

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